Compreendem-se os estilos e momentos de inovação ou ruptura como acréscimos à arte enquanto forma de conhecimento.
E no sentido individual, como um projeto pessoal em que esse conhecimento é discutido, negado ou transformado.
Como toda atividade humana, os momentos vividos pelo individuo, suas obsessões, curiosidades, afinidades intelectuais, políticas, emoções, finanças, acesso ou não a materiais, apoios, trocas intelectuais, etc, interferem no ritmo desse projeto e podem tornar-se testemunhos (ou não) na obra.
O perigo que ronda o estereótipo da imagem dos artistas é esquecer de estudar e interpretar o raciocínio artístico, específico da linguagem, técnicas e momento histórico de determinado artista e reduzi-los a testemunhos de estados anímicos observando somente a vida do artista.
O documentário, “O escândalo impressionista” sobre os artistas impressionistas é bem didático nesse sentido: mostra o que esse grupo de artistas perseguia, discutia e afirmava, temas da arte, questões técnicas e visões de mundo.